Juros do cartão de crédito: vale a pena usá-lo como recurso financeiro?

Se existe um vilão da saúde financeira pessoal, são os juros do cartão de crédito. Isso porque é fácil se perder em meio ao monte de pagamentos de valores pequenos e, aparentemente, inofensivos. Porém, a realidade é bem diferente. Afinal, quando você vê, já ultrapassou o limite.

Isso já aconteceu com você? Então, saiba que tem mais gente nessa situação. Para ter uma ideia, o cartão de crédito é a dívida mais comum entre os brasileiros. Pelo menos, é o que aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

Segundo os dados de maio de 2022, 28,7% das famílias brasileiras estão inadimplentes. Ou seja, há uma ou mais dívidas vencidas e não pagas. Por sua vez, 77,4% das famílias têm alguma dívida, isto é, uma conta em aberto, em dia ou atrasada.

Desse total de endividados — que fica acima de 3/4 da população —, 88,5% estão nessa situação por causa dos juros de cartão de crédito. Para ficar mais claro, de cada 10 brasileiros, quase 8 têm contas parceladas. Se considerarmos apenas quem tem uma ou mais valores em aberto, quase 9 estão nesse cenário devido ao cartão de crédito.

Ficou mais claro? Esperamos que sim. A verdade é uma só: o ideal é evitar pagar os juros do cartão. Como fazer isso? Informar-se é o primeiro passo. Por isso, criamos este post completo. Continue lendo!

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O que são os juros de cartão de crédito?

Os juros do cartão de crédito são um percentual cobrado sobre o valor de uma fatura sem pagamento, mas já vencida. Portanto, é uma cobrança por um dinheiro que você acaba pegando emprestado do banco ao utilizar o limite disponível e deixar a conta em aberto.

Nesse tipo de operação, os juros incidentes são compostos. Isso significa que você paga “juros sobre juros”. Por isso, a dívida aumenta com muito mais rapidez. Dessa forma, quem está devendo R$ 1.000 hoje, pode ter de pagar R$ 4.000 em poucos meses, como vemos vários casos por aí.

Essa mesma ideia é válida para aquela fatura que você paga, mas não totalmente. Sabe quando você tem disponível para pagar apenas o valor mínimo? Ou quando conta com uma quantia intermediária, entre esse limite menor e o total? Então, os juros também são cobrados, mas sobre a quantia que ficou em aberto.

Por isso, ter uma dívida com cartão de crédito é um mau negócio. O ideal é procurar um crédito pessoal mais barato e que permita quitar o total da sua fatura. Dessa forma, você coloca o seu planejamento financeiro em prática.

Vale a pena reforçar que, quando você deixa de pagar a fatura (total ou parcialmente), entra no chamado juro rotativo. Esse é o nome da situação que estamos explicando. Em 2022, essa cobrança está em alta.

Tanto é que uma pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostrou que a taxa anual chega a 371,25%. Isso significa que, por mês, você pagará 13,79%.

Como funciona o juro rotativo?

supersim sobre cartão de crédito

E agora, cartão ou empréstimo?


Como explicamos, os juros rotativos do cartão de crédito são cobrados sempre que você deixa a fatura em aberto ou paga um valor abaixo do total. Para explicar melhor, a incidência dessas taxas ocorre da seguinte forma: digamos que você esteja com uma fatura de R$ 1.000 para pagar, mas não tenha dinheiro para isso. Agora, imagine que os juros do seu cartão de crédito sejam de 8% ao mês.

Nesse caso, se deixar de arcar com a fatura por 30 dias, já terá aumentado a dívida para R$ 1.080. No segundo mês, a cobrança incide sobre R$ 1.080, e não mais sobre os R$ 1.000. Essa é a sacada dos juros compostos, que faz o banco ganhar muito dinheiro.

Afinal, os juros do segundo mês já equivalem a R$ 86,40. Isso significa que a sua dívida se eleva para R$ 1.166,40. Assim, é feita a contabilização mensal.

Além de tal cobrança, o pagamento atrasado do cartão de crédito também determina a incidência de multa e mora. Conforme definido pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), o primeiro critério está fixado em 2% ao mês, sem importar por quantos dias a dívida ficou em aberto.

Por sua vez, a mora tem uma cobrança máxima de 1% ao mês. Assim, voltando ao exemplo, o primeiro mês acaba fechando em mais de R$ 1.080. Se considerarmos multa de 2% e mora de 1%, ainda temos R$ 20 e R$ 10, respectivamente, para acrescentar. Logo, a dívida já chega a R$ 1.110.

No segundo mês, o valor de R$ 1.110 sofre mais acréscimos:

No total, a dívida passa dos R$ 1.166,40 que havíamos calculado. Esse total seria válido se considerarmos somente a taxa do cartão de crédito. No entanto, também há multa e mora. Devido a tais valores a mais, a soma do segundo mês chega a R$ 1.232,10.

O que acontece quando há o pagamento mínimo da fatura?

Ao pagar apenas o mínimo ou um valor diferente do total, você faz uma operação bancária e entra automaticamente no rotativo. Afinal, o banco empresta o dinheiro para que os produtos e serviços sejam pagos aos estabelecimentos. Nesse contexto, você vai estar no endividamento.

Isso porque vai entrar no rotativo de forma automática. Ou seja, o banco nem precisa da sua autorização para realizar tal transação. A partir do momento que você deixa de pagar a fatura, já está sofrendo a incidência das cobranças.

Tal situação gera outra consequência. Em um mês, terá de renegociar a dívida ou pagar o valor total que o banco está cobrando. Essa é uma determinação da Lei, que teve o objetivo de evitar o chamado superendividamento.

Se continuar sem pagar, ainda terá seu nome sujo, ou seja, inscrito nos órgãos de proteção ao crédito. Com isso, você terá dificuldade de conseguir outro cartão de crédito para negativados, o que tende a prejudicar ainda mais as suas finanças.

Quais as consequências de atrasar o pagamento da fatura?

O atraso no pagamento de faturas do cartão de crédito deixará seu nome negativado e você sofrerá a incidência de juros, multa e mora. A cobrança extra começa no primeiro dia após o vencimento e é atualizada diariamente.

Em relação à negativação do seu nome, o banco costuma dar um prazo de 45 dias para a quitação da dívida ou a renegociação dela. Caso isso não aconteça, o seu CPF é incluído nos órgãos de proteção ao crédito.

De toda forma, o nome nem precisa ser negativado para as dificuldades surgirem. Isso porque o atraso de apenas um dia já afeta o seu score de crédito. Essa é uma pontuação da Serasa Experian que é acessada pelas instituições financeiras na hora de conceder o crédito.

Por isso, sempre que você for contratar um empréstimo, pedir um cartão de crédito, fazer um financiamento bancário etc., deverá ter um bom score. Quando isso não ocorrer, é necessário procurar outras alternativas de crédito para negativados.

Como calcular os juros do cartão de crédito?

Já apresentamos um exemplo de como fazer o cálculo do juro do cartão de crédito, além da mora e da multa. Por isso, é provável que a prática já tenha ficado clara. Porém, como fica a teoria? Como saber todos os detalhes para aplicar na fórmula?

Para começar a responder a esses questionamentos, é importante saber que as taxas mudam de uma instituição financeira para outra. Por isso, o primeiro passo é consultar o seu banco para saber quais são as porcentagens incidentes.

De modo geral, tais informações também estão disponíveis na própria fatura do cartão de crédito e no internet banking. O mais prático é conseguir o Custo Efetivo Total (CET). Esse termo se refere a uma taxa que reúne os juros do cartão e outros encargos, como multa e mora.

Assim, você já terá uma alíquota pronta para o cálculo. A partir daí, verifique a diferença entre o valor pago e o total da fatura. Essa é a quantia que sofrerá a cobrança de juros no cartão de crédito.

Dessa forma, você deve aplicar a seguinte fórmula:

Para calcular juros, multa e mora, você precisará aplicar a alíquota sobre o valor não pago. Ou seja, se a quantia em aberto é de R$ 100, e os juros são de 10%, faça o seguinte:

A mesma prática deve ser feita para mora e multa, ok? Assim, você obtém o cálculo certinho para fazer.

Como evitar os juros do cartão de crédito?

O ideal é organizar as suas finanças para não cair no endividamento. Agora, se você já está com o orçamento no vermelho — ou próximo disso —, é melhor encontrar alternativas. Veja algumas dicas para fugir dos juros do cartão de crédito.

Saiba quanto deve

O primeiro passo é saber qual é o valor atual da sua dívida com o cartão de crédito. Se você vai atrasar o pagamento neste mês, veja qual é o CET. Caso tenha outros débitos em aberto, atualize-os e some-os a essa quantia para saber o montante total.

Confira se consegue pagar tudo à vista ou se é possível renegociar com as instituições financeiras para chegar a um consenso. No entanto, tenha certeza de que conseguirá arcar com as prestações mensais. Caso contrário, vai acabar desequilibrando as finanças novamente.

Analise o seu orçamento pessoal

A próxima etapa é saber como está a sua situação financeira. Veja quanto tem disponível para pagar em todos os meses e organize o seu orçamento. O ideal é anotar todos os gastos — até o chocolate após o almoço — em uma planilha ou aplicativo financeiro.

Ao fazer isso, você passa a ter um controle total de quanto ganha e gasta. Em seguida, defina o que deve ser feito para economizar e cortar gastos. Esse processo é fundamental para evitar os juros do cartão de crédito.

Entre em contato com a instituição financeira

A ligação para o banco deve acontecer antes mesmo da fatura vencer. Informe que não conseguirá pagar o valor total e deseja renegociar. Verifique a proposta oferecida e veja se ela cabe no seu orçamento. Se a resposta for “não”, contraponha!

Diga o quanto pode pagar por mês e tente chegar a um consenso. Além disso, confira novamente o CET cobrado. Isso porque é possível contratar crédito de outras formas, menos burocráticas e mais vantajosas.

Evite usar o cartão de crédito para outros parcelamentos

A melhor forma de evitar os juros do cartão de crédito é evitar parcelamentos. Deixe esse recurso para usar somente quando necessário, para emergências mesmo. Caso faça alguma prestação, prefira pagá-la totalmente antes de fazer outra.

Troque a dívida por outra mais barata

A alternativa até pode parecer estranha, mas a verdade é que ela é recomendada até por especialistas. A ideia é simples: você verifica um crédito pessoal com taxas mais baixas, contrata e quita o cartão à vista. Assim, pagará menos juros.

Uma boa opção é o empréstimo com garantia de celular. Além de ser menos burocrático, é uma possibilidade para você ter acesso à quantia de que precisa com rapidez.

O que acontece se você estiver com o nome negativado? Também existem opções de crédito pessoal para quem está com restrições. Basta encontrar a empresa que oferece uma verdadeira inclusão financeira, oferecendo produtos flexíveis.

Desse modo, você tem a chance de pagar a sua dívida e equilibrar as suas finanças. Sair do vermelho ajuda a ter mais tranquilidade e a realizar os seus sonhos. Mais do que isso, permite que você tenha um futuro melhor.

Por essa razão, é tão importante entender como funcionam os juros do cartão de crédito. Afinal, é assim que você conseguirá evitar o endividamento.

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